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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Cunha diz que não renuncia à presidência da Câmara



O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (19) que se sente em condições e com legitimidade para continuar comandando a Casa. A declaração de Cunha ocorre após a divulgação de documentos que comprovariam a existência de contas na Suíça em seu nome e de familiares e que, segundo denúncias, foram usadas para o recebimento de de propina em um esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato..

“Aqui [da presidência da Câmara] só cabe uma maneira de eu sair, que é renunciar, e eu não vou renunciar. Então, aqueles que acham que podem contar com minha renúncia, esqueçam: eu não vou renunciar", afirmou Cunha.

O deputado negou que esteja sofrendo pressão para sair da presidência ou que esteja em busca do apoio de aliados e do PMDB para permanecer no comando da Câmara e chamou de especulações as informações divulgadas. “Não estou trabalhando, nem buscando, nem dependendo de manifestação de apoio para a minha situação [na Câmara]” afirmou. 

“Não tem articulação [para sair da presidência], nem ninguém me procurou para falar disso. Qualquer especulação que está sendo feita é pura perda de tempo.”

Em relação às denúncias que o envolvem, Cunha voltou a se recusar a falar sobre as contas na Suíça e disse que mantém o teor de nota emitida na última sexta-feira (16), quando se pronunciou sobre documentos encaminhados à Procutadoria-Geral da República pelo Ministério Público suíço, que foram divulgados na imprensa. "Mantenho o que eu disse por meio de nota e sobre esse assunto só vou me pronunciar por meio de nota e dos meus advogados."

A mulher do presidente da Câmara, Claudia Cruz, e sua filha, Danielle Cunha, também são citadas na ação. Entre os documentos que foram encaminhados ao Brasil e apresentados na reportagem, constam cópias do passaporte de Cunha usado para abrir a conta. Também consta seu endereço residencial no Rio de Janeiro, em um condomínio, na Avenida Heitor Doie Maia, na Barra da Tijuca, além de números de telefone do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

Sobre a representação contra ele no Conselho de Ética da Câmara por suposta quebra de decoro parlamentar, Cunha disse que vai fazer sua defesa de maneira técnica, e não política. “Eu vou precisar é provar exatamente o contrário do que acusam e vou ou tratar essa situação tecnicamente.”


O pedido foi aceito pelo ministro Teori Zavaski, relator dos projetos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). No pedido, a PGR afirma que o deputado recebeu propina de contratos da Petrobras até 11 de setembro de 2014. Segundo a procuradoria, Eduardo Cunha recebeu U$S 5 milhões em contrato de navios-sonda para a Petrobras.

Fonte:http://agenciabrasil.ebc.com.br/

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