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segunda-feira, 8 de julho de 2013

CRE deve convidar embaixador dos EUA e ministros para explicar espionagem no Brasil



O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), incluirá na pauta da reunião desta terça-feira (9), marcada para as 14h, requerimentos para que o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, e o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, apresentem aos senadores explicações sobre a existência de uma base norte-americana de espionagem por satélite em Brasília.
Segundo matéria publicada pelo jornal O Globo, documentos vazados pelo ex-funcionário da National Security Agency (NSA) Edward Snowden apontam que equipes da agência e da CIA teriam trabalhado em conjunto em Brasília para monitorar as comunicações eletrônicas e telefônicas dos brasileiros.
Um dos requerimentos, de autoria do próprio Ferraço, convida também o ministro José Elito Siqueira, do Gabinete de Segurança Institucional; o ministro da Defesa, Celso Amorim; o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo; e o jornalista Glenn Greenwald, colunista do jornal inglês The Guardian que recebeu os documentos secretos de Edward Snowden.
- A notícia é gravíssima e extremamente preocupante. Precisamos verificar com cuidado os documentos revelados neste final de semana - observou o presidente da CRE por meio de sua conta em uma rede social.
Requerimento como o mesmo objetivo também foi apresentado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) informou que irá protocolar pedido semelhante.
Audiência pública
A reunião da Comissão de Relações Exteriores de Defesa Nacional (CRE) já estava agendada antes da divulgação da notícia de que a comunicação eletrônica dos brasileiros seria alvo de espionagem dos norte-americanos. O colegiado vai discutir dois projetos de lei do Senado que concedem benefícios para empreendimentos que favoreçam a integração regional na América do Sul.
Uma das propostas em debate é o substitutivo do senador Pedro Simon (PMDB-RS) ao PLS 726/2011, aprovado pela Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) em junho do ano passado. A outra matéria em análise pela comissão é o PLS 232/2011, do senador Paulo Paim (PT-RS), que foi rejeitado pela Representação Brasileira no Parlasul.
Agência Senado

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