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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Walfredo Gurgel alerta para aumento de queimaduras no período junino




Até o próximo dia 29, são comemoradas as festas juninas. Fogos e fogueiras estão entre as tradições mais marcantes do período e, devido ao grau de periculosidade que apresentam, o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), alerta para a importância de se respeitarem as normas de segurança.

De acordo com o CTQ, apesar de uma pequena diminuição do número de queimados em 2012, a gravidade dos casos tem aumentado. Dados levantados pelo setor identificaram que, de junho de 2012 a maio deste ano, foram internados 253 pacientes em decorrência de queimaduras graves. Destes, 111 eram crianças. As ocorrências com líquido aquecido ainda predominam quando o assunto é acidente doméstico. Nos últimos 11 meses, 89 pessoas foram queimadas por escaldadura, normalmente envolvendo água, leite, café e sopa. Outro dado que vem chamando a atenção da equipe é o número de pacientes que deram entrada em razão da combustão do álcool, inclusive casos de tentativa de suicídio.   

A queima de fogos e o acendimento de fogueiras, anualmente, elevam em 30% o número de atendimentos no CTQ. Em grande parte, devido à falta de atenção dos pais, crianças de até cinco anos são as mais atingidas. Fogueiras mal apagadas e fogos não compatíveis com a faixa etária estão entre os motivos mais comuns de acidentes, levando menores a permanecer meses internos no Centro.  

A enfermeira chefe do CTQ, Paula Delne, chama a atenção para o problema: "para a criança - e para muitos pais - uma bomba ou um traque explodir é apenas uma brincadeira. Eles não percebem o perigo que aquela situação representa". Para ela, a prevenção é a melhor maneira de evitar acidentes. A enfermeira adverte, inclusive, que há fogos aparentemente inofensivos, mas que devem ser evitados, devido ao seu grau de imprevisibilidade, como as "cobrinhas", cuja direção a ser tomada após acesa não é possível ser controlada, podendo gerar uma queimadura de segundo ou terceiro grau, quando em contato com a pele.

A diretora geral do Hospital Walfredo Gurgel, Maria de Fátima Pinheiro, informa, ainda, que "a queimadura é o ferimento mais demorado a cicatrizar. Dependendo do grau da lesão, a criança pode ficar meses internada, separada do ambiente familiar, até sua total recuperação". Uma orientação dada pela fisioterapeuta do CTQ, Joana Darc Gomes, é a seguinte: "em caso de queimadura, o local afetado deve ser lavado apenas com água corrente, não aplicando nenhum produto como pasta de dente, café ou pomadas". Segundo ela, além de não contribuirem em nada para a cicatrização da área queimada, esses produtos podem piorar o quadro de saúde do paciente, prolongando o tempo de tratamento e aumentando o risco de infecção.

SEVIÇO:

Procedimentos em caso de queimaduras:

1 - Lavar a área queimada com água corrente e sabão;

2 - Cobrir o ferimento com um pano seco e limpo;

3 - Encaminhar a vítima ao CTQ do Hospital Walfredo Gurgel o mais rápido possível. 

Por Assessoria Sesap

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